Dados do IBGE revelam que pessoas pretas e pardas continuam com menor acesso a emprego, educação, segurança e saneamento
O IBGE,(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), apresentou nesse dia 11 de novembro novos números que demonstram a desigualdade racial que ainda impera no Brasil.
Em números o IBGE aponta que as pessoas pretas e pardas vivem a margem da sociedade brasileira, e continuam a não serem notadas pelo estado brasileiro.
A triste realidade reforça os grandes números da desigualdade e do racismo estrutural existente no país, mesmo sendo a maioria da população.
Em 2021, considerando-se a linha da pobreza monetária proposta pelo Banco Mundial, a proporção de pessoas pobres no país era de 18,6% entre os brancos e praticamente o dobro entre os pretos (34,5%) e entre os pardos (38,4%).
A taxa de desocupação foi de 11,3% para a população branca, enquanto a preta ficou em 16,5% e parda 16,2%. Já as taxas de subutilização destas populações foram, respectivamente, 22,5% brancos, pretos 32,0% e pardos 33,4%.
Os números ainda abrem uma discussão e chama a atenção para os números do Governo Federal quanto a taxa de desemprego. Segundo o atual Governo Brasileiro a taxa no segundo trimestre de 2022 atingiu 9,3%, indicando o menor índice medido no período de 2015 quando o mesmo ficou em 8,4%.
No último trimestre o número de desempregados recuo 15,6% no trimestre chegando a 10,1 milhões de pessoas.
A grande pergunta é se levarmos em consideração o grande número de informais essa estatística ainda podem ser maiores. Pois taxa de informalidade da população ocupada era de 40,1% no total, sendo desses 32,7% branca, 40,1 pretos e 47,0 pardos.
O certo é que em todos os números a população preta ou parda sempre fica com os piores índices em todas as pesquisas, como no rendimento médio o trabalhador branco recebe em média R$ 3.099 enquanto o preto R$1.764 e pardo R$ 1.814.
Mais da metade (53,8%) dos trabalhadores do país em 2021 eram pretos ou pardos, mas esses grupos, somados, ocupavam apenas 29,5% dos cargos gerenciais, enquanto os brancos ocupavam 69,0% deles.
Como não falar que existe discriminação e preconceito estrutural em um país que trata a maior parte de sua população a margem de qualquer benefício e ascensão social.
Taxas de pobreza de pretos e pardos são cerca de duas vezes maiores que a dos brancos
Uma análise das linhas de pobreza propostas pelo Banco Mundial atesta a maior vulnerabilidade das populações preta e parda. Em 2021, considerando a linha de U$$5,50 diários (ou R$ 486 mensais per capita), a taxa de pobreza dos brancos era de 18,6%. Já entre pretos o percentual foi de 34,5% e entre os pardos, 38,4%. Na linha da extrema pobreza, (US$1,90 diários ou R$ 168 mensais per capita), as taxas foram 5,0% para brancos, contra 9,0% dos pretos e 11,4% dos pardos.
Nossos desafios ainda são enormes frentes a toda essa adversidade, desigualde, falta de oportunidades e de políticas sérias que possam diminuir essas tristes estatísticas. Continuamos em frente com plena Consciência.