Todas as quintas-feiras terão textos sobre uma personalidade negra da história brasileira no site da Imprensa Preta.
Uma maneira de homenagear a memória de minhas ancestrais e daquelas que as sucederam, nossos passos vêm de longe, são traçados por muita dor e atravessamento do sistema escravagista, o apagamento histórico sofrido pelas mulheres negras são o contraste explícito do sistema de opressão, da discriminação tanto por raça quanto por gênero, contar a narrativa das nossas ancestrais, das mulheres pretas é tornar presente personalidades fundamentais na construção do Brasil. Assim como Sueli Carneiro pontua em suas falas, a frase que vem sendo levantada no âmbito do Movimento de Mulheres Negras, “Nossos passos vêm de longe”.
Dando visibilidade para narrativas silenciadas, remetendo a máscara de flandres e o quanto esta ferramenta de tortura colocada em Anastácia foi um símbolo concreto da política de silenciamento e apagamento da população negra no Brasil, estou aqui para fazer parte daqueles que estão compromissados a anos em contrapor com uma historiografia hegemônica que promove o epistemicídio dos intelectuais negros e sobretudo nega de todas as forma possíveis a narrativa preta como um ator importante na construção brasileira.
Trago-lhe meus escritos também como uma maneira de nos orgulharmos de toda a resistência, perspicácia, inteligência de nossos ancestrais, que o sentimento de engajamento na luta anti racista seja provocado, honrando aquelas que foram essenciais para estarmos aqui sendo: professoras, políticas, advogadas, psicólogas, escritoras, médicas, filosóficas, artistas, e ocupando tantos outros espaços que nos foram negados, que sejamos a voz e sementes da emancipação do povo preto.
Por fim, povo preto unido, mulheres negras, AVANTE!