CAMISETA DA CAMPANHA
Com o sugestivo slogan “Não é Fuxico, é Arte”, as voluntárias Teka Benabou e Wania Faria, da Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF), ambas residentes em Campinas/SP, anunciam a campanha do projeto “Fuxicar”, voltada às mulheres acolhidas em Campo Grande/MS, no projeto Fraternidade na Rua – da Fraternidade sem Fronteiras; e projeto Nação Ubuntu – também da FSF, no Malawi/África. A data do lançamento não poderia ser outra: 8 de março – Dia Internacional da Mulher.
Integrante voluntária da FSF desde 2017, Wânia Elias Faria revela que o “Fuxicar” foi idealizado por Teka Benabou e que nasceu da necessidade de contribuir para a melhoria da qualidade de vida de mulheres fortes, que sobrevivem a muitos desafios para o sustento de suas famílias.
Teka Benabou conta com a colaboração de uma rede sólida de 130 costureiras voluntárias da FSF à frente da empreitada, espalhadas por todo o País, algumas com cerca de 20 integrantes das equipes.
A iniciativa representa uma troca de experiências entre as mulheres e, ao mesmo tempo, está comprometida com a sustentabilidade do meio ambiente, destaca Teka. “Os tecidos são totalmente reaproveitados por se tratarem de retalhos, que seriam descartados, doados pela indústria têxtil”.
Os fuxicos são feitos em forma de trouxinhas de panos costuradas por recortes de sobras de tecidos, que resultam em colchas, toalhas de mesa, panos de prato, almofadas, peças de vestuário, bolsas, bijuterias, entre outras delicadezas.
Arte e cidadania
Em Campo Grande (MS), cerca de 30 mulheres acolhidas pela Clínica da Alma (parceira da FSF, pelo projeto Fraternidade na Rua) recebem aulas semanais de fuxico, coordenadas pelas professoras voluntárias Soraia Monteiro e Gilmair Arraes e Claudenice Lena Oliveira, ambas da Capital Sul-mato-grossense.
A Clínica da Alma oferece tratamento totalmente gratuito, sem medicamentos, através de laborterapia às pessoas em situação de rua e com dependência química.
Como “carro-chefe” do lançamento da campanha “Não é Fuxico, é Arte”, foram confeccionadas camisetas em edição limitada, aplicadas com fuxico para comercialização a partir do Dia Internacional da Mulher, 8 de março;
Fuxico que floresce em horta
Com a experiência do artesanato em Campo Grande, o olhar se voltou para o continente africano, onde a FSF atua há 11 anos.
No Malawi, país vizinho de Moçambique, a FSF trabalha diretamente no Campo de Refugiados de Dzaleka, com quase 50 mil refugiados de guerra. As mulheres do Campo, muitas procedentes do Congo e do Burundi, chegam sozinhas com seus filhos em situação de vulnerabilidade.
Teka Benabou e Wania tiveram a ideia de destinar parte das vendas das camisetas com fuxico à construção de hortas nas casas das mulheres sozinhas do Campo de Refugiados, com o auxílio dos próprios refugiados. “Abrem-se as possibilidades destas mulheres formarem hortas em suas casas gerando o sustento às famílias”, diz Wânia, convicta.
A FSF mantém no local o Projeto Nação Ubuntu, desde setembro de 2018, com o objetivo de mudar as histórias de vida e oferecer a crianças, jovens e toda à população de refugiados uma nova oportunidade.
As ações no Projeto são voltadas para incentivo à profissionalização com o objetivo de gerar renda para os envolvidos, através de oficinas de capacitação em diversas áreas, assistência à saúde, educação através da escolarização de crianças refugiadas e projeto de agricultura, com cultivo de alimentos.
A Nação Ubuntu construiu até agora cerca de 50 casas destinadas aos refugiados, graças aos recursos enviados por padrinhos/madrinhas da causa e doadores fraternos. A escola Nação Ubuntu já reúne 208 crianças estudando, e a construção de salas de aula está na mira do projeto.
O projeto de plantio agrícola, idealizado por Magno Agostini, também voluntário da FSF em andamento, possibilita a alimentação das crianças e voluntários do projeto.
A partir do lançamento da campanha “Não é Fuxico, é Arte”, os produtos estarão disponíveis ao público pelo Instagram: @presentes.voluntarios.
Sobre a Fraternidade sem Fronteiras – A FSF é uma Organização Humanitária e Não-Governamental, com sede em Campo Grande (MS) e atuação brasileira e internacional. A instituição possui 68 polos de trabalho, mantém centros de acolhimento, oferece alimentação, saúde, formação profissionalizante, educação, cultivo sustentável, construção de casas e ainda, abraça projetos de crianças com microcefalia e doença rara (epidermólise bolhosa).
Todos os trabalhos são mantidos por meio de doações e principalmente pelo apadrinhamento. Com R $50 mensais é possível contribuir com um projeto e fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Mais informações podem ser obtidas pelo site www.fraternidadesemfronteiras.org.br