Todas nós, Mães Pretas das favelas ou da pista , temos um manual de sobrevivência para nossos filhos desde pequenos. Repetimos diariamente, feito mantra : se estiver trabalhando vá e venha do trabalho usando o uniforme, ande sempre com a carteira de trabalho. Se tiver um celular de valor alto, leve a xerox da nota fiscal .Evite boné , cuidado com gestual. Se for abordado , não encare, olhe para baixo, não responda, não fale alto e se for responder utilize: Sim senhor e Não senhor, não ponha as mãos no bolso, não faça gestos abruptos.
Parece surreal, mas pelo menos uma dessas instruções, uma mãe preta já falou e um filho preto já ouviu. Ultrapassamos este estágio, o ultraje expandiu-se…
Não é mais possível calcular o lugar errado ou a hora errada. Simplesmente ‘ser’ nos torna alvos e nunca foi tão evidente que a localização geográfica é um fator determinante. Vimos um guarda chuva ser confundido com fuzil, vimos três crianças desaparecerem e não acontecer uma comoção geral para que sejam encontrados, vimos um rapaz trabalhador sair de bike para ver a namorada e nunca mais retornar . As balas nos encontraram, os projéteis viram souvenir. Paredes perfuradas demonstram a dimensão de nossa perdição. Não somos a Síria, não somos Alepo, mas nossas crianças sangram e somem… Num período em que nos recomendam isolamento, ficar em casa não é garantia de segurança. Crianças assistem assassinatos em seus quartos, o corpo sem vida se vai e é levado, mas a mancha de sangue permanece, mesmo que se lave e se pinte a casa inteira, a lembrança e o terror permanecem para sempre, o cheiro da morte impregna o ambiente. Traumas infinitos… Não vamos negar que a criminalidade existe e que a mesma tem que ser combatida. Repudiamos a forma e a quantidade de vidas inocentes que foram ceifadas. Reivindicamos eficiência. Não toleramos que se neguem os fatos e que se alterem evidências. Por todas as vidas inocentes ceifadas, por todos os cidadãos e cidadãs de bem traumatizados, por toda a sociedade que assiste atônita episódios recorrentes e não consegue mais não se manifestar, não se indignar , e choram junto porque essa dor também é nossa. Para todos nós :
Respeito, Justiça e Equidade. Tirem o alvo de nosso povo…
Andreia Souza, paulistana de nascença, potiguar de coração. Mulherista , preta, mãe solo de dois filhos: Gabriel & Aysha. É a terceira geração de mulheres que vivenciaram a condição e situação de violência domestica em sua família. Mas não a chame de vitima ela se auto intitula Sobrevivente. Coordenadora do grupo Mulheres na Contramão e da Iniciativa DIVERGENTE 5, produtora cultural é apaixonada por audiovisual. Em 2018/2019, participou de 03 curtas metragens. Em 2020 esta com roteiro pronto para rodar o seu.
Lançou seu primeiro livro em 2018 denominado” Re Existir, o X da questão”, em 2020 participou da Coletânea Escrituras negras A mulher que Reluz em Mim , com organização de Jeovânia P .
Atualmente envolvida nas causas de combate a violência contra a mulher e o empoderamento feminino através da sustentabilidade. Sua palavra de ordem e meta: Equidade. Formada em 2019 na Escola Política RenovaBR, é Líder Nordeste do Movimento Nacional “ Vai ter mulher sim “, além de participar no Projeto #Estouaquiparacontar da atriz Thaina Duarte. Seu lema: Desistir de Desistir.
Andreia Souza, paulistana de nascença, potiguar de coração. Mulherista , preta, mãe solo de dois filhos: Gabriel & Aysha. É a terceira geração de mulheres que vivenciaram a condição e situação de violência domestica em sua família. Mas não a chame de vitima ela se auto intitula Sobrevivente. Coordenadora do grupo Mulheres na Contramão e da Iniciativa DIVERGENTE 5, produtora cultural é apaixonada por audiovisual. Em 2018/2019, participou de 03 curtas metragens. Em 2020 esta com roteiro pronto para rodar o seu.
Lançou seu primeiro livro em 2018 denominado” Re Existir, o X da questão”, em 2020 participou da Coletânea Escrituras negras A mulher que Reluz em Mim , com organização de Jeovânia P .
Atualmente envolvida nas causas de combate a violência contra a mulher e o empoderamento feminino através da sustentabilidade. Sua palavra de ordem e meta: Equidade. Formada em 2019 na Escola Política RenovaBR, é Líder Nordeste do Movimento Nacional “ Vai ter mulher sim “, além de participar no Projeto #Estouaquiparacontar da atriz Thaina Duarte. Seu lema: Desistir de Desistir.
Andreia Souza, paulistana de nascença, potiguar de coração. Mulherista , preta, mãe solo de dois filhos: Gabriel & Aysha. É a terceira geração de mulheres que vivenciaram a condição e situação de violência domestica em sua família. Mas não a chame de vitima ela se auto intitula Sobrevivente. Coordenadora do grupo Mulheres na Contramão e da Iniciativa DIVERGENTE 5, produtora cultural é apaixonada por audiovisual. Em 2018/2019, participou de 03 curtas metragens. Em 2020 esta com roteiro pronto para rodar o seu.
Lançou seu primeiro livro em 2018 denominado” Re Existir, o X da questão”, em 2020 participou da Coletânea Escrituras negras A mulher que Reluz em Mim , com organização de Jeovânia P .
Atualmente envolvida nas causas de combate a violência contra a mulher e o empoderamento feminino através da sustentabilidade. Sua palavra de ordem e meta: Equidade. Formada em 2019 na Escola Política RenovaBR, é Líder Nordeste do Movimento Nacional “ Vai ter mulher sim “, além de participar no Projeto #Estouaquiparacontar da atriz Thaina Duarte. Seu lema: Desistir de Desistir.
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