Número de pessoas sem máscaras pelas ruas aumenta a cada dia mesmo com a covid “à solta”
Com o relaxamento das medidas tomadas para o combate ao novo Coronavírus, basta andar pelas ruas da cidade para perceber que o número de pessoas sem máscaras aumentou consideravelmente. Adultos, velhos, jovens e crianças, homens ou mulheres, se achando imunes e até protegidos por Deus descartam o uso da máscara e perambulam pelas ruas podendo infectar outras pessoas mesmo sem saber; até porque, a maioria da população não foi testada para o Covid-19.
De acordo com a professora e psicóloga Social em Portugal, Luísa Pedroso Lima: “Usar máscara, entre outras medidas, não deve ser visto como “fraqueza” ou “medo” mas como sinal de respeito pelos outros”.
O surgimento da Covid 19, além de reforçar a higiene e criar novos hábitos, colocou a prova o amor e o respeito entre os seres humanos e pelo visto, poucos se atentaram para a questão. Algumas pessoas podem até contrair a doença em sua forma mais leve, mas essa pode não ser a realidade de outra pessoa que por uma atitude irresponsável foi infectada por aqueles que consideram exagero obedecer todos os cuidados recomendados pelos órgãos de saúde.
Segundo a psicóloga, acatar as recomendações é prova de amor próprio e amor ao próximo “permanecer em casa grande parte do tempo e, adotar uma série de comportamentos novos quando saímos, não é medo, mas sim respeito para com os outros”. A especialista ressaltou que a máscara não pode ser considerada um ato de vulnerabilidade ou fraqueza mas um símbolo de força. “É a chave do sucesso”, salientou.
Luísa Pedroso Lima faz um apelo: “Para aqueles que não querem seguir as medidas de proteção por si, sigam-nas por nós, por todos aqueles que não podem ficar em casa e estão expostos a Covid-19, por aqueles que sentem medo e, por aqueles que perderam entes queridos, pedimos; se puder, fique em casa mas se precisar sair por favor, saia de máscara”.
A cidade de Campinas conta no momento dia 28 de Agosto de 2020 com 27.330 casos confirmados , desses 25.558 são considerados curados, 608 estão em investigação, e 1004 óbitos até esta sexta – feira.
As vítimas registradas nesta sexta são 9 homens e 5 mulheres. Todos tinham comorbidades. 6 óbitos ocorreram em hospitais da rede pública, e 8 em hospitais privados. De acordo com a prefeitura, três vítimas tinham menos de 60 anos, e as demais eram idosas. A idade dos mortos registrados nesta sexta varia de 53 a 98 anos.
O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, decretou luto oficial de três dias em virtude da marca de mil mortes pela doença. Sobre as 1.004 vítimas, a prefeitura informou que 883 delas já tinham comorbidades, e 821 tinham mais de 60 anos.